SPUTNIK

Alta performance? Então você precisa aprender a desenvolver sua inteligência emocional

Todos os dias, o ir e vir no trânsito é uma verdadeira saga. Quando finalmente chegamos ao trabalho, as reuniões bloqueiam manhãs e tardes, quando na verdade poderiam ser resumidas em um e-mail. Os dias passam, as entregas se acumulam, o desconforto e a taquicardia aumenta. Por outro lado, o coração quase congela só de pensar que ainda é segunda-feira. Sem perceber, estamos vivendo para alimentar nossas legendas de #sextou. A corrida do dia a dia nada é mais é do que uma penosa jornada rumo às maratonas da Netflix do fim de semana.

Mas será que não tem jeito de colocar a produtividade profissional de mãos dadas com a satisfação pessoal? No curso InSano, aprendemos a importância de reduzir a marcha, desenvolvendo um olhar mais atento à paisagem ao nosso redor. Na SPUTNiK, inteligência emocional no trabalho é uma questão de sobrevivência e se manifesta desde a maneira de respirarmos até a forma como nos relacionamos com nós mesmos e com o time.

Abaixo a gente fala mais dessa a verdadeira chave para uma vida profissional bem-sucedida e, acima de tudo, feliz. 🙂

Inteligência emocional no trabalho: a skill do momento

A inteligência emocional não é um hype dos nossos tempos. Já na sua teoria evolucionista, Darwin mandava um recado ao dizer que o gerenciamento de emoções era crucial para a sobrevivência e adaptação dos seres. Durante o século XX, com os avanços da Psicologia, novos tipos de inteligência, além daqueles relacionados à cognição, foram sendo explorados em diversos estudos preocupados com a influência das interações sociais na individualidade e vice-versa. Até que, na década de 80, o psicólogo Howard Gardner publicou seu estudo canônico de múltiplas inteligências destacando a interpessoal que, posteriormente, na mão de outros autores, acabou sendo redefinida como Inteligência Emocional.

E quando nos referimos à inteligência emocional no trabalho, celebramos todas as habilidades que não conquistamos nos bancos da faculdade, mas são cruciais para não deixar a peteca cair em situações de muita pressão — e que não são raras no mundo corporativo. Também conhecidas por soft skills (em tradução livre, algo próximo a “habilidades suaves ou leves”), tais competências estão relacionadas à capacidade de gerenciar nossas questões comportamentais em tomadas de decisão profissionais e em interações com o time e com os clientes ou usuários de nossos serviços.

Saber se comunicar, desenvolver uma atitude colaborativa e empática com o outro e controlar os impulsos são alguns fatores básicos para o desenvolvimento de uma inteligência emocional completa.  E no ambiente de trabalho, assumir uma postura confiante em relação à forma como você gerencia suas emoções traz uma série de benefícios para o profissional e seus colegas:

Respira e inspira – Um colaborador que se esforça em administrar sua inteligência emocional contribui para um ambiente mais saudável e produtivo. Ele motiva o time por sua atitude positiva diante de desafios, sua capacidade analítica precisa e a entrega por uma escuta ativa, em que, antes de questionar os colegas, vai buscar entender suas motivações. Se é uma liderança, a equipe o verá como um exemplo a ser seguido e uma demonstração viva de propósitos com a qual se identificam. Se não está em uma posição de gestão, ele vai entregar soluções ágeis, criativas e que, com certeza, vão trazer inovação e resultados positivos há muito tempo esperados.

Ajuda a construir uma cultura colaborativa – Quem está com as soft skills em dia compreende que não dá para caminhar sozinho e assume uma postura de colaboração com os colegas. Geralmente é uma pessoa inserida em uma cultura organizacional que valoriza o Team Building e compreende que os melhores resultados só são alcançados a partir do trabalho de várias cabeças diversificadas, criativas e altamente sintonizadas entre si.

Sabe dançar conforme a música – A inteligência emocional desenvolve a flexibilidade profissional. Diante de mudanças recorrentes do mercado — em especial daquelas que ocorrem graças à transformação digital que domina nossos tempos — correr atrás do aprendizado para acompanhá-las é uma vantagem competitiva que pode impulsionar a carreira e, ao mesmo tempo, contribuir para a inovação da empresa.

Hackeando competências emocionais

Desenvolver a inteligência emocional é um trabalho de formiguinha. Envolve embarcar em uma jornada de autoconhecimento que, por vezes, não é muito confortável, redescobrindo necessidades que antes não considerávamos relevantes para o nosso desenvolvimento pessoal. E se você nunca pensou em como desenvolvê-la, há muitas rotas para dar o seu primeiro passo. Compartilhamos algumas:

Trate a inteligência emocional como um termômetro para a sua saúde mental

Reflita sobre as situações que ainda não consegue administrar e tente relacioná-las com o seu bem-estar diante do trabalho. São momentos que desgastam emocionalmente e que, fora do expediente, dão um peso negativo para a rotina e para a sua paz de espírito? Você carrega marcas do trabalho que roubam a energia para a realização de outras atividades?

Se a resposta for positiva, é hora de procurar ajuda médica.

Afinal, estamos no século da propagação de doenças que são desencadeadas por relações nocivas que criamos com o trabalho, muitas vezes sem perceber. Uma delas é o burnout, que, não à toa, a Organização Mundial de Saúde incluiu em sua Classificação Internacional de Doenças como uma síndrome que afeta diretamente o estado de saúde de pessoas expostas a situações desgastantes física e mentalmente. Portanto, trabalhar o desenvolvimento da inteligência emocional pode ser o momento que você precisava para aquele check up e conferir se o trabalho está se transformando em doença. Além de ajuda médica, buscar leituras, cursos e outras atividades que centralizam a saúde mental é uma outra forma de verificar como ela é afetada por suas emoções e relacionamentos profissionais. No In Sano, por exemplo, trabalhamos com a premissa do autocuidado como um dos caminhos para construir o equilíbrio nas relações de trabalho.

Abrace a generosidade (por você e pelos outros)

Aqui, o lema é adotar a empatia como mantra, o que também envolve assumir uma postura compreensiva com as próprias questões. No dia a dia, é fundamental lançar mão de práticas dialógicas que ressignificam situações conflitantes em momentos de negociação. Algo que pode ajudar, por exemplo, é a comunicação não violenta, em que o espaço às necessidades do eu e do outro abre possibilidades de troca e de busca por uma compreensão mútua que evita desgastes de relacionamento e, ao mesmo tempo, colocam todos na mesma página.

Gerencie sua capacidade de dizer NÃO

Não tenha medo de elencar prioridades no trabalho e de ser capaz de comunicar isso aos colegas. Diante do acúmulo de atividades, pense no que deve vir em primeiro lugar, o que vai permitir que você abra mão de abraçar o mundo e tudo bem. Mostrar autocontrole e ponderação aos colegas evita comprometer os resultados — ao mesmo tempo em que ajuda a construir um ambiente mais leve e colaborativo.

É claro que há pessoas que terão mais facilidade de desenvolvimento emocional do que outras, mas, como tudo na vida, só a prática é capaz de aprimorar nossas habilidades. Com os inputs que destacamos aqui, ficará mais fácil mapear o status do seu relacionamento com suas emoções e também, de quebra, contagiar o time a correr atrás do seu lugar ao sol no que diz respeito a uma inteligência emocional no trabalho bem resolvida — e com impactos positivos para todos.

O presente das empresas do futuro