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Habilidades do futuro no presente da sua empresa: é agora ou nunca

A pandemia, as incertezas e o isolamento social trouxeram à tona o desenvolvimento de habilidades que muitos de nós já temos incorporado ao nosso desenvolvimento, mas que ainda que estejam adormecidos ou presos às nossas próprias inseguranças. São as famosas soft skills: tão necessárias aos dias de hoje. Despertá-las ao mindset dos nossos times e colaboradores, no entanto, ainda é um desafio, e processos de educação in company podem facilitar, sendo a fagulha que falta para esse desenvolvimento acontecer de forma mais acelerada. Na SPUTNiK desenvolvemos uma curadoria customizada ao momento e às necessidades do seu time. E quer melhor momento para pensar nisso do que esse?

A seguir, vamos conhecer as habilidades do futuro que, ao ganharem os holofotes, já se tornaram onipresentes a ponto de trazerem o que era o amanhã para o nosso cotidiano.

Muito além do hype: habilidades do futuro já pertencem ao nosso hoje

Carros voadores, robôs como assistentes pessoais, máquinas do tempo. 2020 já foi um berço de ideias para inúmeros escritores de ficção científica e diretores de Hollywood. Agora que chegamos ao famigerado ano, observamos que quase tudo permanece no plano das conjecturas, ainda mais em um momento pandêmico em que o futuro prospero parece tão distante.

Hoje já temos empresas que investem em planos estratégicos para treinar times inteiros diante dos desafios da transformação digital. E cursos que por vezes trabalham com habilidades que vão muito além da técnica de criar e manusear tecnologia: estão focados, sobretudo, na capacidade de interpretá-la.

Inputs para correr atrás do tempo perdido 

A seguir, vamos relembrar quais são as dez principais habilidades do futuro, a partir das percepções do Fórum Econômico Mundial e de outros centros especializados na temática, em ordem crescente de importância. Para cada habilidade, selecionamos dicas de como despertá-la dentro de você:

10º lugar: Flexibilidade cognitiva

Envolve sair da zona de conforto. Pensar fora da caixa. Estar disposto a expandir a mente, ampliar as formas de exercitar o pensamento e a correr atrás de aprendizados que ainda não domina. 

Como desenvolvê-lo: Adote um mindset voltado ao Lifelong Learning. Fuja do comodismo e atualize-se constantemente com livros, cursos e eventos relacionados à sua área de atuação. Além disso, busque aprender habilidades novas e que não estejam necessariamente relacionadas à sua carreira profissional. Pode ser uma receita nova, um instrumento musical, um esporte. Amplie suas noções de conhecimento, entrando em contato com aprendizados não convencionais. 

9º lugar: Negociação

Consiste no gerenciamento de conflitos. Hoje vivemos um contexto de trabalho formado por equipes cada vez mais diversificadas — e isso é muito bom. Mas ideias muito diferentes, por vezes, podem levar a discordâncias que, se não forem bem administradas, geram um desgaste energético desnecessário, afetando a produtividade do time. Daí a importância de ter uma boa capacidade de negociação, uma skill que deve estar presente do colaborador ao gestor. 

Como desenvolvê-lo: Pratique a escuta ativa. Aprenda sobre comunicação não violenta e outras propostas de gerenciamento de conflitos, sobretudo no lugar do trabalho. Ao se colocar no lugar do outro e compreender discordâncias como uma etapa natural de nossas vivências profissionais, negociar torna-se uma prática mais eficaz e, principalmente, mais leve, já que deixamos de atribuir à prática um peso desnecessário, tão comum em ambientes em que não nos sentimos à vontade para discordar. 

8º lugar: Orientação de Serviço

Vivemos a era do Customer Success, em que a experiência do usuário importa a ponto de ser um valioso recurso competitivo para uma empresa. A orientação de serviço é a disposição para servir, oferecer as melhores alternativas para o cliente e para os próprios companheiros de equipe. 

Como desenvolvê-lo: Leia mais sobre a experiência do usuário e como o conceito está impactando os processos das empresas. Pratique a arte da gentileza e questione-se sobre quais esforços você está realizando para tornar a jornada do seu colega tão agradável e prática quanto você tenta para a sua própria? 

7º lugar: Julgamento e tomada de decisão

É a capacidade de dar a última palavra em situações de alta complexidade. É uma habilidade que ganha destaque diante dos desafios técnicos da transformação digital e da aceleração de processos. Se hoje discutimos cada vez mais o peso das metodologias ágeis nas empresas, é necessário ter uma atitude dinâmica, lógica e assertiva diante dos problemas cotidianos. 

Como desenvolvê-lo: Faça exercícios mentais em que você deve assumir uma atitude proativa a diversas questões do cotidiano, envolvendo hipóteses que ainda não viveu mas que são possíveis de sair do plano das ideias. Não fuja da responsabilidade no dia a dia, tente ser a pessoa que está envolvida na tomada de decisões da equipe. Estamos diante de uma habilidade que pode ser desenvolvida por cursos, mentorias e palestras, mas sua principal fonte de aprendizado, com certeza, vem da prática. 

6º lugar: Inteligência Emocional

Entre as habilidades que já são requisitadas hoje, a inteligência emocional é uma das principais e está relacionada com a nossa capacidade de gerenciar emoções conflituosas entre si em situações de muito estresse.

Como desenvolvê-lo: Em primeiro lugar, busque sempre o autoconhecimento. Tente filtrar de tempos em tempos o que funciona e o que é melhor deixar para trás. Faça exercícios físicos, procure métodos de meditação, tenha um tempo para você. E uma vez que estiver preparado para entender mais sobre o seu próprio lugar no mundo, pratique a empatia, ao estudar um pouco mais sobre as pessoas que estão ao seu redor. Hoje, temos livros e cursos que ajudam nesse processo, com universidades corporativas que entendem que, antes da técnica, é preciso fortalecer o olhar humanizado sobre o trabalho. 

5º lugar: Coordenação com os outros

É a capacidade de desenvolver relacionamentos interpessoais consistentes, saudáveis e produtivos. Em outras palavras, a capacidade de trabalhar em equipe, mais uma habilidade que ainda não conseguimos ensinar às máquinas e que, portanto, torna-se muito valiosa entre os profissionais mais almejados pelo mercado. 

Como desenvolvê-lo: Invista em ações de Team Building. Como colaborador, esteja sempre atento a estratégias de colaboração e de gerenciamento de conflitos. Pense no colega como alguém que está com a mesma missão em mãos e não como um concorrente. Tenha em mente que, antes de tudo, vocês têm metas a cumprir e isso só será possível se puderem garantir uns aos outros autonomia, conforto e espaço para compartilhar anseios e sugestões. 

4º lugar: Gestão de pessoas 

Estamos vivendo uma era de ressignificar processos de trabalho e isso não é diferente quando paramos para pensar sobre o futuro dos relacionamentos interpessoais no ambiente corporativo. Mesmo sem ocupar um cargo de gestão, o profissional do futuro precisará estar atento com as nuances das relações entre seus colegas, aprendendo a cultivar a motivação e o bem-estar, mesmo em períodos de grandes desafios. 

Como desenvolvê-lo: Fortaleça a cultura de pessoas da empresa. Isso mesmo, em tempos de transformação digital procure estar em dia com as novidades sobre os principais desafios e soluções da área de pessoas. 

3º lugar: Criatividade

A capacidade de conectar ideias diferentes, de fontes diferentes. E, a partir disso, gerar novos insights que, muitas vezes, vão se transformar em respostas inovadoras para os negócios. É uma das capacidades que justificam por que sempre estaremos à frente dos robôs. Afinal, ainda não aprendemos a programar máquinas para que desenvolvam algo tão complexo, e humano, como o potencial criativo.

Como desenvolvê-lo: Seja amante da arte. Leia livros, vá ao cinema, inscreva-se em cursos culturais. A cultura tem o potencial de expandir nossos parâmetros sobre o que é conhecimento, sendo algo primordial para que, nas situações cotidianas do trabalho, haja menos amarras diante de alternativas não convencionais de resolução de problemas. 

2º lugar: Pensamento crítico

É o uso do raciocínio e da lógica para criar argumentos favoráveis e contrários a qualquer situação. É uma habilidade valiosa porque, em situações de alta complexidade, esgotar os prós e contras pode ser o único caminho para encontrar a resposta mais completa ao que precisamos. 

Como desenvolvê-lo: Pratique a arte de questionar a si mesmo e aos outros constantemente. Leia e faça cursos que ajudem a dar mais confiança e consistências aos seus posicionamentos, uma vez que, quanto mais há um aperfeiçoamento técnico em relação aos desafios profissionais da nossa área, conquistamos mais confiança para fazer análises críticas de situações que, ao final, estarão nas nossas mãos para serem resolvidas.  

1º lugar: Resolução de problemas complexos 

A habilidade que lidera a lista tem tudo a ver com as mudanças da transformação digital, que atingiram um status permanente de fluidez e atualização — que nem sempre é possível acompanhar a tempo. O desafio é resolver questões com as quais nunca nos deparamos anteriormente. A resolução de problemas complexos é uma qualidade que se aperfeiçoa no decorrer dos anos, acompanhando a evolução profissional e nossa capacidade de aprendizado.   

Como desenvolvê-lo: Desafie-se constantemente. Exercite o cérebro com atividades lúdicas que incentivem raciocínio lógico e rapidez diante de problemas complexos. Em equipe, trabalhe com ações de Team Building que instiguem o uso de diversas competências cognitivas, ao mesmo tempo em que fortalecem o relacionamento da equipe, algo que será fundamental na hora em que for necessário o trabalho coletivo para resolver os maiores desafios do trabalho. E, por fim, não deixe de aprender, jamais. 

Vimos que as habilidades do futuro, em grande parte, estão relacionadas a desafios que já estão intrínsecos ao nosso DNA. Resiliência, capacidade de aprendizado e adaptabilidade são algumas das coisas que temos em comuns com nossos antepassados. Hoje, só precisamos encaixá-las aos passos da valsa techno eletrônica que vamos dançar amanhã. Até lá, ainda há tempo de ensaiar — mas não muito, viu? 

O presente das empresas do futuro