SPUTNIK

Em tempos de Lifelong Learning, que sala de aula cabe numa tela?

Na nossa nova realidade, o aprendizado vai ser mais híbrido do que nunca.

 

A aprendizagem é, sobretudo, um processo social. Na prática, isso quer dizer que crianças, por exemplo, precisam conviver com outras crianças no mesmo espaço físico para aprender noções importantíssimas sobre a vida, sobre o outro, sobre civilidade. Por que é preciso, então, olhar para a aprendizagem completa como um processo híbrido? De que forma o processo de aprender pode ser enxergado menos como uma receita de bolo e mais como um caminho flexível, modulável de acordo com o contexto (atualmente pandêmico e de isolamento) e com as necessidades de quem aprende?

Começamos, alguns meses atrás, a experimentar uma nova realidade no nosso dia a dia, e isso inclui trabalhar, se divertir, se conectar e, claro, aprender. Pela primeira vez para muitos de nós, precisamos nos isolar de verdade, mesmo que estando 100% do tempo interligados por telas de computador, celular, tablet, televisão. Mas como falamos bem ali no início, o aprendizado vai muito além de uma tela, mesmo que essa seja, ainda mais em tempos de pandemia, uma ferramenta essencial dentro do contexto do Lifelong Learning. Ao longo da nossa jornada, a aprendizagem é um mix do que lemos, vivemos, trocamos com os outros, de forma disruptiva, e é esse aprendizado que levamos na nossa bagagem profissional para dentro das empresas, que já enxergaram que precisam acompanhar o nosso ritmo para chegarem ao futuro que tanto almejam.

Por falar em futuro, é exatamente lá que está o foco da metodologia que a SPUTNiK usa, criada pela Perestroika, para ajudar a transformar as empresas do presente em espaços de aprendizado que conduz a esse novo amanhã que já chegou. E o Lifelong Learning é o core desse processo porque, assim como você já deve estar lendo na nossa nova pesquisa, a boa educação é como um ecossistema natural, que evolui em resposta ao mundo em rápida mudança, e esse processo educacional vai se tornando cada vez mais focado no indivíduo — o que não quer dizer que é um processo individual ou solitário, mas desenvolvido para evoluir junto com cada pessoa ao longo da vida. Depois da pandemia, a educação precisa ser reformulada porque nós seremos diferentes por tudo o que estamos aprendendo nesse isolamento social. A criatividade vai estar aflorada nessa descoberta de novos caminhos, e como afirmou David Atchoarena, Diretor do Institute for Lifelong Learning da UNESCO, além da resposta de emergência, é igualmente necessário refletir sobre o mundo que emergirá da crise e o papel do Lifelong Learning no apoio à recuperação social e na formação de um futuro sustentável.

Aprendizado do futuro no presente

Antes mesmo da quarentena, a demanda para aprender online crescia consideravelmente, mas a metodologia da SPUTNiK traz todos os vieses que o profissional do futuro precisa, não só no ambiente digital. Desenhamos o aprendizado em todas as plataformas que vão ser benéficas para as pessoas, mesmo que essa seja um encontro em grupo, um game, um livro. Para a Mariana Achutti, CEO e co-founder da SPUTNiK, “nossa metodologia é pensada como o aluno no centro. Não criamos uma educação que faça sentido só para quem vai ensinar, tem que fazer sentido para quem vai aprender. Por isso, criamos métodos que priorizam o engajamento do aluno, fazendo com que ele personalize sua jornada, através de interações com diversos meios e formatos, que vão além de uma sala de aula. Para quem gosta de ler, criamos materiais de leitura, para quem gosta de escutar, criamos podcast, para quem é curioso, criamos gamificações de pesquisa, tudo calcado em uma metodologia que tem um fio condutor master focado na interação”.

A metodologia híbrida Experience Learning é um mash-up entre conceitos clássicos e movimentos contemporâneos educacionais que é aplicada através de conteúdos relevantes. Não vai ser aquela sala de aula chata – aliás, aquela ideia engessada de professor-que-sabe-tudo e aluno-que-só-escuta é algo que você não vai ver por aqui, sorry! A gente acredita que a aprendizagem tem que ser, além de uma via de mão dupla, leve, divertida e original, com todo mundo colocando a mão na massa juntos, trocando experiências e angústias, encontrando soluções criativas.

Educação disruptiva é tudo!

Aqui, o aprendizado segue quatro caminhos flexíveis e mutáveis que se interligam: começamos aprendendo a conhecer, para chegar ao fazer, ao conviver e, finalmente, ao ser. Mas é importante enxergarmos tudo isso sob um olhar amplo, cíclico, porque não tem início, meio e fim, e sim continuidade. Levantamos, por isso, a bandeira do “vai lá e faz” para que as ideias não fiquem mais no papel, incentivando o espírito empreendedor dos profissionais, que chegam com um repertório bem vasto em busca do que vai acrescentar à essa bagagem. Cada um vai trazer sua experiência individual para enriquecer a coletiva, e é exatamente assim que a revolução acontece dentro da gente e dentro da cultura organizacional.

Partindo da essência do Lifelong Learning, e agora entendendo essa nova realidade pós-pandemia/home-office que nos fez sair da nossa zona de conforto mesmo sem poder sair de casa, a nossa metodologia foca em 3 olhares para regenerar as empresas. O primeiro deles é o olhar para dentro porque as organizações são feitas por pessoas, que têm um potencial gigantesco para fazer acontecer; trabalhamos focados na mudança de cultura que tem o protagonismo e a autonomia dos colaboradores como centro. O segundo é o exercício de olhar em volta para não ficar para trás enquanto o mercado corre em alta velocidade, acompanhando novas técnicas, conteúdos e ferramentas que vão nos ajudar a construir as habilidades do agora, sempre com criatividade, inovação e gestão. E o terceiro é um convite a olhar para frente, refletindo sobre as possibilidades que a tecnologia nos mostra a todo segundo, o que vai nos guiar nas tomadas de decisões para seguir com as transformações de um mundo exponencial.

Tudo muda, e a gente muda junto

Na SPUTNiK, não tem nada que não possa ser adaptado porque a gente acredita que o melhor modelo de aprendizado é aquele que se encaixa na sua empresa e no perfil dos seus colaboradores. Criamos métodos sob medida que respondam às demandas específicas porque o lugar comum não faz parte da nossa rota. Como um hub de educadores e profissionais de diversas áreas, o que tiver que ser tratado vai ser de um jeito autoral e disruptivo. O digital se mistura com o presencial porque não vale mais dizer que a aprendizagem se reduz a lugares determinados. O que cada um de nós aprende ao longo da vida tem muita importância quando estamos aprendendo lado a lado.

Ser heterogêneo significa juntar estratégias flexíveis e interativas com a colaboração de quem tem muito a compartilhar, e de debates e jogos a mentorias e webséries, vale tudo quando o assunto é Lifelong Learning. Se tudo isso cabe numa tela? O que sabemos é que a tecnologia vem para somar o que o offline tem a oferecer, e para nós, transformar o processo de aprendizagem é concentrar a atenção do aluno no melhor lugar: onde tem valor para ele. O que importa mesmo é estar presente na experiência de corpo e alma, imersos, para construir a jornada perfeita para cada um e para cada empresa. A pesquisadora Andréia Matos acredita que “estamos em um momento em que o maior potencial de desenvolvimento da aprendizagem está em experiências imersivas: realidade expandidas, aumentadas, virtuais e vídeos interativos em 360°, fundindo e criando pontes entre realidades físicas e digitais, podendo coexistir e interagir”. Isso tudo é experiência, e experiência é o maior aprendizado.

Para Andréia, mesclar ambientes reais e virtuais, em busca da potencialização do ensino e das habilidades do aluno, permite a operação das instituições em uma dinâmica mais maleável e próxima, gerando engajamento entre os estudantes. Não se abandonam os ambientes analógicos completamente: a tendência é estender a prática do ensino por novos caminhos, abrindo novos horizontes de conhecimento. “Não que isso não possa ser experienciado, de certo modo, virtualmente. Mas nossas experiências virtuais ainda são, em grande parte, mediadas por uma tela que muitas vezes facilita o processo de desumanização do outro que está para além da tela e reduz essa conexão a mecanicidade, ao invés de gerar empatia”.

A gente vai voltar do COVID-19 entendendo muito mais que o digital é um complemento da realidade e não um substituto da intimidade e do imediatismo do aprendizado presencial.

Depois que isso tudo passar, não vamos voltar à normalidade porque, se você parar para pensar, ela nunca existiu. Mas enquanto seguimos isolados, o conhecimento está mais solto do que nunca. E a metodologia híbrida permite que a gente combine a tecnologia para nos conectar até quando a gente puder se encontrar de novo, dentro da não-sala-de-aula e fora do convencional. E você, vem com a gente?

O presente das empresas do futuro