SPUTNIK

A aprendizagem organizacional como sinônimo de transformação contínua

A educação corporativa vai trazer à tona o que seus colaboradores têm de melhor, afinal não só de técnica vivem os melhores talentos do mercado

 

A SPUTNiK vem batendo na mesma tecla por um tempo porque quando a gente acredita que algo pode ser transformador, mergulhamos fundo no tema: a educação in company precisa ser disruptiva, híbrida, inovadora. E temos muuuitos motivos (e resultados!) que comprovam que as hard skills só fazem sentido no mercado profissional hoje porque são combinadas com a soft skills. Na prática, isso significa que as capacitações e os conhecimentos mais técnicos, tipo graduações, cursos e especializações, ganham um novo viés quando encontram a força da inteligência emocional, das experiências individuais e das relações interpessoais.

Nesse encontro mágico, muita coisa pode acontecer, mas o que de mais relevante que se tira disso é justamente o conhecimento coletivo que conduz ao engajamento e à melhoria do trabalho como um todo, favorecendo a criatividade, eficiência e produtividade.

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Vamos bater um papo produtivo sobre a aprendizagem organizacional? Vem com a gente!

Este post tem muita coisa bacana, dá uma olhada:

  • O que é a aprendizagem organizacional?
  • Estímulo a novas experiências
  • Uma gestão baseada no conhecimento
  • Comprometimento com a educação
  • O core da aprendizagem organizacional
  • Aprendizado que rende frutos
  • Não parar de aprender é lindo
  • Da empresa pra vida (e vice-versa!)

 

O que é a aprendizagem organizacional?

Vai muito além do ensino formal. É isso mesmo: quando falamos em ensino corporativo, ninguém quer mais ficar dentro da caixinha. Primeiro, as empresas começaram a entender que oferecer capacitação para os seus colaboradores e criar Universidades Corporativas era uma necessidade do futuro para ser aplicada no presente. O ensino à distância, por exemplo, passou a fazer parte da rotina de 89% das empresas no Brasil em 2018, um grande avanço quando olhamos para os 33% em 2012. Nesse momento, teve início o que chamamos de transformação corporativa. Mas não parou por aí!

A aprendizagem organizacional vem chamando a atenção de empresas que não querem ficar para trás na corrida pela conquista e retenção dos melhores talentos. E qual é o conceito desse novo processo? Antigamente, os profissionais chegavam no ambiente de trabalho com o aprendizado teórico que aprenderam na faculdade, mas o que fazia mesmo a diferença para serem escolhidos para as melhores vagas é muito mais do que isso. A educação in company entra bem aí nesse gap para desenvolver nos profissionais as competências que vão ser o alicerce para as estratégias das empresas. O que o aprendizado corporativo tem de mais bacana é o que tira o foco dos livros e volta o olhar para o indivíduo, que é rico em vivências, tem muito para trocar e a acrescentar. Essa é a essência dos espaços que estão sendo criados dentro das organizações do futuro.

 

Estímulo às novas experiências

Cada empresa precisa descobrir, junto com suas equipes, quais as metodologias mais adequadas para que a aprendizagem corporativa tenha a cara de todo mundo que faz parte do processo. O mundo muda o tempo todo, as informações também, e com o conhecimento não seria diferente. Então a forma de aprender tem que acompanhar toda essa evolução. De acordo com o método 70/20/10, desenvolvido na década de 90 por professores do Center for Creative Leadership, na Carolina do Norte/USA, o estímulo às novas experiências acontecem de diferentes formas, passando pela vivência de cada profissional, que responde por 70% – suas responsabilidades, a rotina de trabalho, os desafios que enfrenta e as soluções que se torna capaz de criar –, os relacionamentos ocupam 20% do aprendizado – as trocas com os colegas, as inspirações, feedbacks, observações e tudo mais que as interações proporcionam –, e por fim os 10% restantes são a cota do aprendizado tradicional – graduações, cursos, treinamentos, congressos, certificações, etc. 

Esse modelo é apenas um dos que pode servir como referência para a sua empresa, mas todos eles vão mostrar que a única coisa que o processo educacional in company não pode ser é engessado. O aprendizado precisa ser relacional, empírico, precisa ser baseado no que cada um traz em sua bagagem pessoal e profissional. Atividades com games, por exemplo, que a gente adora usar com os clientes por aqui, são funcionais nesse contexto porque misturam o conhecimento técnico, a ‘sagacidade’ dos jogadores, o raciocínio lógico e criativo, e é uma opção com um total de 0 defeitos para engajar todo mundo na brincadeira. Despertar o interesse do seu time e trazer ele para perto para se aventurar nos games corporativos pode ter resultados surpreendentes, pode acreditar!

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Uma gestão baseada no conhecimento

Falamos sobre a gestão da educação corporativa neste post recente , e vale a pena trazer esse tópico aqui porque ele está diretamente relacionado com essa junção poderosa entre os conhecimentos formais e informais que vão trazer ótimos resultados para os profissionais e para a empresa. O RH, utilizando as metodologias personalizadas criadas para serem o guia da aprendizagem corporativa, vai conseguir formular um modelo de gestão que também seja adaptado para funcionar dentro de cada empresa especificamente.

O aprendizado in company funciona como uma política de desenvolvimento organizacional, e por isso a gestão é fator-chave por estar vinculada com a própria estratégia corporativa e com a sua cultura. A gestão vai envolver diversos fatores, sempre voltada para as principais necessidades dos colaboradores no processo de ensino: solução sistemática de problemas, a decisão de experimentar novas abordagens de disseminar o conhecimento, a valorização das experiências individuais, a troca entre as pessoas, trazer a experiência de outras empresas como referência, tudo é válido. Assim, enquanto o aprendizado acontece, mudanças podem ser feitas, caminhos podem ser alterados e muita coisa pode ser adicionada para enriquecer ainda mais o processo.

“A resposta aos desafios do mercado competitivo e em permanente transformação está em uma nova e sistêmica forma de pensamento que envolva múltiplas visões de mundo e em uma educação permanente, que promova o ser humano em seu desenvolvimento pessoal e profissional.”

Peter Senge – Especialista em aprendizagem corporativa

 

Comprometimento com a educação

Quando uma empresa decide investir na educação in company, ela está, na verdade, investindo no desenvolvimento dos profissionais, que são o centro da transformação que a aprendizagem organizacional causa. A hierarquia e a tomada de decisões que acontecia de cima para baixo perderam valor porque o colaborador passou a ser parte ativa em todas as vertentes, o que trouxe também a flexibilidade, a autonomia e a inovação para dentro do ambiente de trabalho. As pessoas passaram a ser formadas a partir de uma perspectiva global do negócio, criando vantagens competitivas sustentáveis e, mais do que isso, retendo talentos que não são encontrados facilmente por aí.

Os profissionais do futuro querem trabalhar para empresas nas quais eles podem se sentir como donos, onde possuem liberdade para se expressar e fazer a mudança acontecer de verdade. Eles deixam de apenas serem informados sobre a cultura organizacional para inová-la no dia a dia de trabalho. Empresas comprometidas com a capacitação profissional passam a integrar um círculo virtuoso no mercado porque disseminam estratégias de sucesso para toda a cadeia de valor. Os talentos descobertos internamente vão se sentir motivados a serem vetores da transformação, contribuindo para a evolução de todos e da organização em si. 

 

O core da aprendizagem organizacional

O que faz esse processo educacional ser tão poderoso? Alguns fatores são cruciais na construção da educação corporativa, dá uma olhada:

  • A prática na prática: isso não quer dizer que a teoria não importa, muito pelo contrário. No ensino disruptivo, se tira o que realmente importa da teoria para potencializar as experiências cotidianas.
  • Background pessoal: o que o profissional já viveu em outra empresa, o que aprendeu com outros colegas de trabalho, táticas que conheceu em cursos livres, e até pontos negativos que foram pedras no sapato antes de chegar até aqui. Cada experiência é válida, sempre se pode tirar algo bom do que os colaboradores trazem consigo.
  • Líder que inspira: a liderança, no cenário da aprendizagem corporativa que é híbrida e fora do comum, tem o papel de estar junto. Sim, ser o exemplo que põe a mão na massa, que aprende lado a lado, que erra também e que motiva os profissionais a serem cada vez mais engajados.
  • Histórico da empresa: tanto a estrutura interna quanto a cultura e os desafios que a organização já enfrentou vão funcionar como inspiração e exemplo para a aprendizagem, fazendo com que as falhas sejam identificadas mais rápido e as novas soluções possam surgir com muito mais facilidade.
  • Share is care: a aprendizagem por compartilhamento, como a gente vem dizendo, é o que vai fazer o seu processo ser único. Sua empresa possui profissionais diferenciados, cada um com sua bagagem e com muito a passar adiante. As diferenças entre as pessoas é o que vai criar laços ainda mais fortes entre elas.

 

Aprendizado que rende frutos

A SPUTNiK se orgulha em participar da criação e do desenvolvimento de metodologias de aprendizagem in company e Universidades Corporativas em empresas que colhem hoje os frutos de um processo que coleciona conquistas tão gratificantes. O Grupo Boticário é uma dessas organizações que encontrou na educação corporativa um fôlego inovador para seguir crescendo junto com seus colaboradores. Gustavo Brito, líder de Educação Corporativa no GB, conta que o grupo passou a tratar o processo educacional como um verdadeiro ecossistema de aprendizagem.

“Desenhamos programas e entregas customizadas e também coletivas, para grupos específicos de colaboradores. Além disso, fizemos um trabalho de infraestrutura para amarrar a educação aos mecanismos do grupo, conectando educação à gestão de talentos, people analytics, business partners”.

Gustavo, Grupo Boticário

Gustavo destaca, ainda, que o recomeço da aprendizagem pós-COVID no GB começou quando o trabalho remoto teve início. Eles estão movendo talentos temporariamente para outras áreas do grupo que precisem de ajuda, num movimento maravilhoso de reskilling que promete muito! Ah, como dica de leitura sobre aprendizagem corporativa e Lifelong Learning, ele indica esse livro do Peter Senge, se joga 🙂

 

Não parar de aprender é lindo

O esforço e a prática de cada indivíduo vai deixar o conhecimento tão rico que ver isso, sendo o dono ou a liderança da empresa, dá um orgulho danado. Os frutos que a aprendizagem traz são infinitos e contínuos, beneficiando a organização, os profissionais, os clientes e todos os stakeholders porque o que é bom do lado dentro emana e irradia do lado de fora. Sobre ser um ensino contínuo, a Andréia Matos, pesquisadora e parceira da SPUTNiK no estudo sobre Lifelong Learning, destaca que “a ideia de ser um aprendiz ao longo da vida é fundamental para que estejamos preparados a nos transformar constantemente junto com essa transformação sem fim em todos os âmbitos da vida no século XXI”, principalmente no cenário pós-pandemia. E a gente aprendeu muito dentro da sala, não tem como negar, muito mais do que simplesmente escutando o professor ou lendo a teoria no quadro, mas através do compartilhamento direto de um espaço comunitário. Afinal, como diz a própria Andréia, “conviver com o outro já é em si um grande aprendizado”.

“A experiência sempre foi o principal modo de adquirir saber já que o aprendizado só ocorre quando pessoa incorpora o conhecimento de modo a transformar a si própria – seja nos modos de pensar, de fazer, etc. O famoso “aprender fazendo”, que extrapola a sala de aula e abrange um âmbito maior da vida, mostra justamente a geração de conhecimento a partir das reflexões que o próprio fazer incitam e que te permitem assimilar novas formas de saber.”

Andréia Matos

 

Da empresa pra vida (e vice-versa!)

Agora você já sabe que a aprendizagem corporativa anda junto com o desenvolvimento do indivíduo em todos os âmbitos. Ele traz o que viveu lá fora, o que viu e aprendeu, para aprimorar o que vai experimentar no ambiente de trabalho. O aprendizado é vinculado ao desenvolvimento, descobrimos isso neste post, mas temos que chamar a atenção para as diferenças também. São conceitos correlacionados, porém é importante a empresa separar o que é focado em performance e produtividade do conhecimento que entra para somar, mas não necessariamente vai ser tangível. Um profissional ter mais referências para uma tarefa e tirar inspiração de experiências compartilhadas para resolver um problema pode não ser palpável, mas é sinônimo de evolução.

Investir em aprendizagem é acreditar no seu colaborador. E quando a gente acredita, não tem a cobrança de “ah, agora que estou te capacitando você tem que produzir 10x mais”. Isso não existe em processos disruptivos. A disrupção chega exatamente para causar essa mudança de mindset e voltar o olhar da empresa para quem faz a transformação acontecer: o indivíduo. A produtividade e a eficiência? Com certeza são frutos dessa fertilidade que é a aprendizagem corporativa. O que vai definir a velocidade com que a inovação se instala no processo é a vontade da organização de ter os colaboradores como prioridade. E se precisar de uma ajudinha, estamos aqui ó!

 

O presente das empresas do futuro