Profissionais preferem pedir demissão em vez de de retornarem ao escritório compulsoriamente

O home office se tornou uma rotina pela qual a maioria de nós se apaixonou nos últimos anos. Alguns podem até considerar uma bênção, já que esse novo normal gera uma proximidade maior com as nossas famílias, evita horas de deslocamento e, dependendo do caso, também ajuda a economizar um pouco a mais de salário. Boa parte das pessoas que se adaptaram a essa rotina encontraram tantos benefícios que prefeririam pedir demissão a voltar compulsoriamente para o trabalho 100% presencial.

Nos Estados Unidos, à medida que mais pessoas eram vacinadas contra a Covid-19 em 2021, um número considerável de empresas optou pelo retorno dos colaboradores ao escritório e isso não agradou os profissionais norte-americanos.

Pedir demissão ou demitir quem se opõem ao retorno é a resposta?

Jamais! Essa é uma atitude muito drástica e que, definitivamente, não condiz com a realidade da sociedade brasileira. Se por um lado as taxas de desemprego são preocupantes no país, por outro há também a escassez de mão de obra qualificada, o que significa que ambos os lados saem perdendo com a demissão.

O RTO (retorno para o escritório) é um processo que precisa de negociação entre a empresa e os funcionários. 

Esse cenário em que os EUA saíram em disparada na aplicação de vacinas em 2021, em número de pessoas e em tempo, possibilitou que analisássemos a situação do RTO estadunidense de fora e, por lá, os números mostraram o quanto os profissionais se sentiram descontentes com a situação. 

E, sim, esse é um combustível para a desmotivação! 

Uma pesquisa conduzida pela FlexJobs — um portal especializado no home office — perguntou para 2.100 pessoas que trabalharam remotamente durante a pandemia o que elas pensavam sobre voltar ao escritório. Quase 65% delas responderam que preferem permanecer no trabalho remoto em tempo integral.

O dado mais alarmante dessa pesquisa é que, ao questionar qual seria a reação dos colaboradores se o empregador exigisse o retorno integral ao escritório, 58% deles iriam procurar novas oportunidades de trabalho e pedir demissão da empresa atual.

Os ganhos de qualidade de vida foram muito valiosos

As relações de trabalho mudaram, ficaram um pouco mais distantes e objetivas, enquanto as relações familiares ganharam força. 

Uma criança chora ao fundo de uma reunião? Tudo bem! Um gato ou um cachorro pede atenção? Também não há nada de errado em fazer um carinho no pet enquanto trabalhamos. 

O trabalho remoto, por mais que proponha uma distância física, faz com que nos aproximemos da nossa humanidade. Não vemos mais nossos colegas somente com o olhar profissional, mas 

desenvolvemos uma visão mais empática para nossas relações de trabalho e isso é muito valioso.

Sobre os colaboradores da sua empresa, o que eles preferem? Será que pretendem pedir demissão se os gestores exigirem o retorno?

É claro que em muitos casos o trabalho presencial é essencial, mas, se por tanto tempo a sua empresa lidou bem com o trabalho remoto, o HÍBRIDO pode e deve ser a melhor saída.

No trabalho híbrido todos abrem concessões, mas todo mundo sai ganhando. O importante é avaliar o cenário individual da sua empresa para encontrar a melhor estratégia — e nós podemos ajudá-lo com isso.

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