Empresa-escola: o futuro imediato da educação corporativa
A educação corporativa do futuro olha para todos os stakeholders — da equipe ao consumidor — com o objetivo de transformar o mundo e ampliar o conhecimento para além dos negócios.
Aqui, vale aquela máxima de que o conhecimento quanto mais se divide, mais se multiplica.
Portanto, não é exagero afirmar que, daqui alguns anos, toda empresa será uma escola. Aliás, atualmente, as pessoas já afirmam confiar mais nas empresas do que no governo ou na mídia.
Diante disso, o novo pensamento que emerge das corporações é o de expandir suas forças educacionais, produzindo conteúdos relevantes e engajadores para toda a sociedade.
Cria-se, assim, um sistema ganha-ganha.
Por um lado, a sociedade recebe um conhecimento de qualidade, proporcionado não só pelo ensino formal, mas também por empresas engajadas com o compromisso de entregar à comunidade os conhecimentos que detêm. Por outro lado, as empresas aumentam o valor das suas marcas, garantindo mais sustentabilidade relacional e financeira para o seu negócio.
O papel da empresa-escola na educação corporativa
Hoje, as organizações são medidas também pelo conhecimento que são capazes de gerar.
Essa capacidade de transmitir sua sabedoria é o que as coloca na linha de frente da inovação, fazendo da criatividade, do aprendizado e da colaboração palavras de ordem em sua cultura.
E, para isso, só há um caminho a seguir: promover uma educação corporativa contínua e que esteja alinhada com os desafios do mundo volátil e cheio de mudanças no qual vivemos.
Isto porque o mundo BANI — um acrônimo em inglês para Brittle, Anxious, Nonlinear, Incomprehensible. Ou, frágil, ansioso, não linear e incompreensível em tradução livre — representa as grandes mudanças ocorridas nos últimos anos em decorrência das evoluções tecnológicas e comportamentais das pessoas, seja como indivíduo ou como uma sociedade.
Os últimos meses, por exemplo, foram verdadeiros aceleradores de mudanças e de profundas transformações. Do começo da pandemia para cá, a demanda por novas abordagens de ensino aumentou significativamente, fazendo do aprendizado contínuo uma necessidade.
Nesse sentido, as empresas que adotarem uma visão estratégica para o Lifelong Learning não só estarão promovendo benefícios entre seus times como também garantirão retornos consistentes para sua própria organização, como a produtividade e diminuição do turnover.
O case de inspiração do Ifood
O iFood saiu na frente e firmou, recentemente, um compromisso de impactar mais de dez milhões de pessoas com oportunidades de educação, capacitação e formação.
O objetivo da foodtech é investir em educação corporativa e inserir essas pessoas no mercado de trabalho, contribuindo assim com a sociedade e com a distribuição de conhecimento.
Para isso, a empresa deve focar, entre outras coisas, em parcerias que possam auxiliar as pessoas de comunidades mais vulneráveis, além de alunos, professores de escola pública e entregadores e seus familiares a se preparem para o novo mercado de trabalho digital.
Educação corporativa e diversidade
Como vimos anteriormente, a educação corporativa inclui, capacita e transforma.
Por isso, vale um parênteses,aqui, para dizer que, nesse cenário, não faz sentido que a diversidade não seja considerada uma pauta primordial em todas as empresas.
Segundo levantamento do Mais Diversidade, 97% das empresas brasileiras têm como meta investir em diversidade, mas, apesar disso, cerca de 65% delas não possuem um programa de inclusão estruturado, realizando apenas ações pontuais e sem muitos efeitos a longo prazo.
O que mostra que não basta apenas desejar que a representatividade faça parte da sua organização. É preciso que a inclusão esteja na cultura da sua empresa, com o intuito de garantir toda a mudança organizacional e comportamental necessárias para se ter pessoas diversas.
Aliás, você sabia que empresas que investem em diversidade têm maior probabilidade de ter um retorno financeiro acima da média? E esse é apenas um dos muitos benefícios dessa prática.
Poderíamos citar ainda que um estudo da Accenture mostra que quanto maior a diversidade de uma empresa, mais inovadora é a mentalidade do negócio. Ou que a aposta em times plurais faz com que os profissionais se sintam mais confiantes e valorizados, diminuindo o turnover.
Por fim, vale ressaltar que diversidade e inclusão são questões estruturais e para que a mudança seja efetiva é necessário que todos os envolvidos estejam engajados estrategicamente em sua resolução.
Os caminhos para educação corporativa
Derivada do termo em latim “educare”, educar significa “conduzir para fora”. E essa é a movimentação contemporânea e futurista da educação corporativa, que tem nos levado para um ambiente de conhecimento compartilhado, disruptivo e multidisciplinar.
Ou seja, as empresas que souberem se beneficiar dessa troca só tendem a ganhar.
Pensando nisso, nosso report “Macroterritórios Educacionais 2022” oferece reflexões importantes sobre Human Skills, Digital, Culture e Business, bem como planos de ação concretos sobre educação corporativa, posicionamento de marca e sustentabilidade relacional.
Tudo para que sua empresa possa se preparar para o futuro. E a gente sabe, o futuro é logo ali.