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Accountability: esse conceito pode transformar sua empresa

O termo não é novo e já foi tema de estudo até de filósofos como Baruch Espinoza e Michael Davis. Mas, nos dias de hoje, a expressão accountability está, cada vez mais, sendo usada no ambiente de trabalho – e a referência pode ajudar na transformação da sua empresa.

Na tradução direta do inglês, accountability significa responsabilidade da qual se deve prestar contas. Mas para Carolyn Taylor, referência em cultura empresarial e autora dos livros de negócios Walking the Talk – A Cultura Através do Exemplo e Accountability no Trabalho, o termo não deveria ser traduzido. O motivo? De acordo com a autora a palavra tem um significado único, cuja essência não poderia ser captada por nenhuma outra palavra da língua portuguesa.

Mas então, o que é accountability?

Quando usado no ambiente corporativo, accountability quer trazer para o debate a responsabilidade e o engajamento dos colaboradores. Trata-se, então, de um comportamento estratégico que leva as pessoas a terem uma execução além das tarefas do dia a dia ou compromissos na agenda.

De acordo com Carolyn Taylor, accountability é sobre fazer, cumprir promessas e confiar que elas serão cumpridas: “Pense no impacto que ser reconhecido como alguém que cumpre suas promessas teria em sua reputação e em como isso aumentaria a confiança de seus clientes e colaboradores em você. Isso poderia alterar a forma como seus negócios e relacionamentos de trabalho funcionam. É um poder transformador”, exemplifica a especialista. Ou, como diz a nossa professora Maíra Blassi: “desconfiar das pessoas gasta uma energia desnecessária”. Nesse post, aliás, ela traz estudos que comprovam que a confiança no ambiente de trabalho é a melhor estratégia para prosperar.  Vale a leitura!

O que esse conceito pode fazer pela sua empresa?

A accountability no trabalho pode mostrar:

  • Como líderes podem ser criativos e fazer com que colaboradores sejam responsáveis de forma potencializada;
  • Como colaboradores podem maximizar sua produtividade e a capacidade de realização, além de construir sua reputação como alguém em quem as pessoas podem confiar;
  • Como empresas podem fazer mudanças culturais duradouras – o que se tornou algo essencial, especialmente em cenários disruptivos, como o provocado pela pandemia e que impactou empresas de diferentes portes em todo o mundo.

Como aplicar o conceito de accountability nas empresas?

Ainda segundo Carolyn, o conceito não é algo inatingível, mas uma realidade cotidiana, alcançável por todos. “Os líderes tendem a culpar sua equipe pelo insucesso do projeto, ao invés de aceitarem que também são parcialmente responsáveis por esse desempenho. A accountability não se resume às consequências no fim de um projeto. É uma troca contínua entre o solicitante (quem solicita) e o concedente (aquele que se compromete em entregar)”.

Para a autora, a parte mais crucial desse processo acontece exatamente no início do projeto: quando as duas partes chegam a um acordo sobre o que está sendo prometido: “A forma como quem solicita e quem realiza respondem aos desafios imprevistos durante qualquer projeto determinará se o resultado será alcançado”, explica a executiva.

Quer aprender mais sobre esse tema? Basta se inscrever aqui para a nossa aula aberta com a Carolyn Taylor. Anote na agenda, porque vai ser imperdível!  

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Quem é Carolyn Taylor

Carolyn Taylor é uma das maiores especialistas mundiais em transformação da cultura corporativa e presidente executiva da consultoria global de transformação cultural, Walking the Talk. Nos últimos 30 anos, ela realizou workshops com mais de 50 mil líderes, trabalhou em 200 jornadas de mudança de cultura, prestou consultoria para 15 fusões e aquisições, treinou 60 CEOs e trabalhou em 35 países.

Entre seus clientes estão Google, AXA, BT, BHP e Itaú Unibanco no Brasil. Seu primeiro livro, Walking the Talk: Building a Culture for Success (Editora Publit), descrito pela professora Lynda Gratton da London Business School como “uma leitura obrigatória para qualquer gestor que embarque na jornada da mudança cultural”. O livro é considerado um clássico da literatura corporativa.

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